terça-feira, março 28, 2006

João Pinel


Aquele homem chegou neblinado de fumaça e álcool
Com o tempo espichado no rosto
A voz noturna engrossada de outonos e
o olhar arregalado de desavenças com as manhãs.
Cuspia cacos de frases
Botava pontos-finais em vírgulas,
Acentuava sílabas átonas
E tirava o til do Joao.

Aquele homem tinha o espanto primordial naqueles olhos que ele nunca mais desarregalou.


(P.S.:Não soubemos responder como se lapida uma mulher...)

Um comentário:

Anônimo disse...

Your website has a useful information for beginners like me.
»

Postar um comentário

A poesia acontece quando as palavras se abraçam...