sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Uma reflexão

Foto: Helena Pinheiro


É muito comum casais caírem na rotina após a sensação plena de segurança, de conquista definitiva. O que muita gente esquece é que amor também precisa de alimento.E alimentar uma história, assim como estudar, trabalhar e evoluir profissionalmente, requer exercício diário e investimentos que não podem se afogar na tão proclamada “falta de tempo”. Falta de tempo, no fundo, é falta de organização, e quando o tempo é escasso as pessoas resolvem o que elas acham que é mais importante, então por que depois de buscar tanto um amor e encontrá-lo, ele deixa de ser prioridade?

Existem várias maneiras de demonstrar afeto em meio a um dia turbulento.Você leva menos de um minuto pra digitar um sms e não vai perder tanto tempo respondendo a um e-mail afetuoso no final do seu expediente. Presentes fora de datas comemorativas, uma besteirinha qualquer, um bilhete na cabeceira da cama...coisas que todos gostam de receber mas se esquecem de dar. E pra quem gosta de dar e acha importante receber, é muito injusta a acusação da falta de compreensão por parte do outro! Responsabilidades demais, todos temos, a forma como cada um administra sua vida é que faz a diferença na qualidade do seu namoro.Não é preciso esperar a relação entrar em crise pra querer reagir e se manifestar. Assim como numa empresa, o ideal seria prever e se prevenir. Muita coisa se desarmoniza desnecessariamente, até porque uma pessoa bem-sucedida profissionalmente, se ainda tiver um amor como abrigo no final de cada dia cansativo, vai enfrentar seus desafios no dia seguinte com muito mais vigor e alegria.Se o amor tantas vezes é casa e aconchego, porque deixar que seu lar se desarrume a ponto de você e o outro não sentirem mais prazer em morar lá?

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Marla de Queiroz


P.S.: POESIA VENDE, SIM! EU COMPRO!

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

A solidão do poeta

Foto: Maria


Então o sol penetrou toda a casa. Se eu quiser dormir até mais tarde, terei que fechar as janelas, as portas, as cortinas, eu que passei a noite inteira acordada. Faz muito calor lá fora, faz muito frio aqui dentro e minhas palavras estão inquietas enquanto olho pro teto, sem caneta, sem papel, sem disposição. Existe uma solidão irremediável no pulso de um poeta. E essa casa não é minha. Não sei se sofro, mas minha cara é de choro contido. O que fizeram comigo enquanto eu dormia, se eu pensava que havia alguma paz no sono? Estou confusa e queria dizer coisas inconvenientes, mas não posso. Que cansaço vem do não dizer o que se quer.
Talvez eu deva esperar e ser positiva. E contar pra vocês depois mais uma de minhas vitórias. Mas estou tão cansada de escutar que poesia não vende com o meu original tão bonito debaixo do braço. E eu só preciso dizer agora: POESIA VENDE SIM! EU COMPRO! E que diga o mesmo quem concorda comigo.
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Marla de Queiroz

P.S.: Blogueiros/ Leitores!Vamos mudar esse mantra negativo de que "poesia não vende!" Escrevam no final de cada post: " Poesia vende, sim! eu compro!" Conto com vocês!