sábado, fevereiro 04, 2006

Azul Miró...


Hoje o dia amanheceu i-n-t-e-n-s-a-m-e-n-t-e.
Um azul Miró, doce e completamente destituído de hostilidade
inundava as retinas, mas a paisagem tinha uma nitidez tão violenta que fiquei cansada e muda à espera de que algo explodisse barulhento dentro do meu assombro que era largo e arrasador.
Não sei explicar,mas hoje foi um daqueles dias em que as coisas aconteceram com uma simplicidade dolorosa: estava tudo tão ao alcance das mãos que o coração recuava assustado com a facilidade que se tinha de tocar nas coisas, de interagir com tudo; a brisa era palpável, a água do mar arregaçava seu ventre salgado convidando pro mergulho, o sol rasgava a atmosfera encharcando a natureza de dourados.Tudo violentamente vivo e óbvio, mas com a suavidade da espuma que chega cobrindo os pés depois que a onda quebrou lá longe ...

Não saberei explicar...Algumas sensações não podem ser desnudadas só com palavras que cabem na boca.

4 comentários:

Anônimo disse...

sublime, eu diria. eu não descreveria melhor.
vamos ser amigas, sim. vamos comer biscoito bauducco ou tomar uma cerveja em um boteco qualquer!
mas, sério. pega meu msn: camiis@hotmail.com
eu tô saindo agora e volto mais tarde.
=******

Uma gazela espavorida disse...

Demorei, mas cheguei!:)

:****

Naty

Anônimo disse...

há palavras que me perturbam, que me invadem, que me possuem. há até aquelas que me sangram feito como se eu fosse uma virgem desnudada e possuída. há aquelas que vagueiam por meu espírito, como o olhar perdido do velho na empoeirada soleira virada para o mundo sem fim do sertãom, das veredas do sertão. há, ainda, aquelas que servem pra qualquer coisa, principalmente para as desculpas mais esfarrapadas. julgamos mal tais palavras. elas não merecem ser inutilizadas...

Anônimo disse...

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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...