Licenças Poéticas, prosa incerta, poesia em linha reta, versos que dançam fora da forma do poema, mas dentro do corpo do poeta.
terça-feira, agosto 22, 2006
Um girassol nublado...ou as marlaridas também adoecem.
Foto:Rubem Graça
Cuida de mim, meu amor...Que estou frágil e já não me seguro na alegria da saúde, estou completamente debilitada. Meu corpo inteiro dói e arde em febres pedindo os cuidados que você não achou espaço pra me dar ainda.
Cuida de mim, que eu te faço meu tutor, meu condutor nesta Dança do Universo que eu tanto divulgo porque o Outro me ensinou....Cuida de mim, venha me convencer que engolir um comprimido imensamente redondo é necessário de 8h em 8h, porque você me quer ver novamente com as bochechas coradas e com o olhar vivo depois da tua sopa de beterrabas...Cuida de mim porque estou disponível e mortal, sem a menor das minhas arrogâncias e defesas já que todo meu corpo se resume em espirros e calafrios.....e isso é tão definitivo agora. Porque essa minha febre é um desejo desabafando...
Cuida de mim e aproveita pra ser eterno nesse instante em que eu me dou assim, esse fiapo de gente, numa dependência que de outra forma você jamais conheceria...
(Marla de Queiroz)
6 comentários:
Putz, Marla, minha linda, depois vc me empresta esse enfermeiro??? :D A-do-reeeeeeeei! Bjim
Minha Marlaridassol linda, amo ler-te.. sempre!
BeiJÔ JÔ.
Até a febre queima em poesias =)
Beijos
Marlarida-flor-de-formosura,
que foi, amore?
Colo tem aqui, você sabe. Não arredo o pé da sua cabeceira enquanto não conseguir ver esse rosto iluminando outra vez num largo sorriso-de-sol. Te dou chás de capim-limão, encho os jarros de flores do campo e as jardineiras de manjericão.
Sabe que eu fiquei aqui matutando desde que fiquei doente tb...e não é que essa ziquizira toda teve início na emoção, lá dentro do meu coração, nesse meu jeito de querer levar a vida leve e sem percalços maiores? Relevando muito do que tinha que ser gritado de volta...
a gente vai 'ajuntando' o bom e o ruim no mesmo depósito, lindeza. E enquanto o bom vira algodão-doce pra colorir e alegrar a vida; o oposto se vira em fel, desanima o corpo, turva a vista e rouba a fome da boca. E eu, se é dessa fome que me movo, faço o quê?
Reflito, amore, e tento aprender.
Fique boa, beibe, que eu tb vou ficar.
beijos fitoterápicos
Bela
Eu cuido de vc, amiga!
Quer?
Meu coração aperta de pensar no teu... O que acontece?
Beijos bem levinhos prá não machucar!
Mel.
Eu gostei muito mesmo dessa poesia...parece uma "débil" forma de entrega...um beijo!
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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...