Foto: Carlos Gomes
Quando você invadiu os meus sonhos com teus solos musicais
e me chamou em teus versos fugidios para o eterno desencontro,
Quando insistiu em ser o foco dos meus poemas
e me pediu pra analisar a anatomia da tua poesia
Sei que não era por uma vontade tua de estar comigo
Mas pela vaidade crua de estar em mim...
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(Marla de Queiroz)
(Marla de Queiroz)
Maio de 2006.
13 comentários:
Ah os vaidosos,como fazem sofrer os sensiveis!Um beijo pra vc,com ares de segunda-feira.:*
Essa "vaidade crua" que não combina com a desejada "vontade tua" pelo menos é uma constatação que confere valor ao ser escolhido para acolher a vaidade...Constatação que não humilha, só entristece a alma...
Beijos.
Dora
Vampiros de Almas....tambem, quem nunca encarou um fantasma desses fica numa vulnerabilidade esquisita. Dói como nascer, deixa um esqueleto nalgum lugar que nao devia, mas a gente passa e segue mais forte. Bonita tua forma de contar, Marla.
Sem palavras, Raio-de-sol.
Descrição perfeita.
**Estrelas**
"Vaidade de vaidades!Tudo é vaidade", diz o Pregador.
Lindo.
Lindo dia
Beijos
quando não se tem amor te dar, um gesto, um carinho, um roçar de pontas de dedos em pontas de cabelos talvez sirvam para amor ti zar.
impressionante, marla, a crueza/leveza de tuas letras. até parece que a dor não dói em ti, ou, se dói, dói milagrosamente brincando de faz-de-conta.
1 beijo
seria vaidade, essa vontade de star em ti? brilhando na noite noir...
versos docemente crús!
beijo, Marla!
Ah, que Cabeça a minha! esqueci de dizer que hoje e dia de.
:)
eu devia tatuar isso em alguns corpos..melhor frase ever..bjs..
Aiiiiii... doeu!
versos que incomodam, que latejam, que distorcem a roupa na cama rolando de um lado pro outro na insônia.
sol-de-risos meus!
Já diziam:
"Solos de guitarra não vão me conquistar" Depois arrematavam:
"Quero você como eu quero". (vai entender)Esse coquetel é explosivo. MontanhosoAbraço.
Seus textos são lindos, Marla. Gosto de lê-los em voz alta. :)
Um beijo carinhoso,
E todo dia os amantes se cruzam pelas venezianas do pudor, vestindo olores que eclodem do âmago das vontades inexauridas. Não esqueçamos das unhas cravando peles, abrindo partes, desnudando nossa covardia de se dar sem fim.
É que toda chuva lava os barrancos dos sonhos desfeitos impregnados na parede de dentro da alma, transbordando trilhas mais em estreitíssimos regatos que, por sua vez, já são oceânicos às bailarinas e soldados firmes como chumbo. E a minha, ainda que pobre, lavou-se de solicitude, vestiu tecido fino que convida a minha nua e crua humanidade.
MarLendo você me encanto...
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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...