Foto: Rosalina Afonso
As mãos dele, sinfonia, música clássica urdida por ímpetos de tempestades.
Mãos anárquicas regendo suspiros: atrevimento de dedos.
(Ravel, o bolero_ partitura de ofegâncias).
As mãos dele, maestria, afinadas
Mãos anárquicas regendo suspiros: atrevimento de dedos.
(Ravel, o bolero_ partitura de ofegâncias).
As mãos dele, maestria, afinadas
arriscam-se pelas trilhas do meu corpo,as mais sonoras.
Delicadas, me calam os dramas fazendo do toque argumento fatal.
Eloqüentes, proliferam os enigmas da não-resistência.
Enquanto eu, hesitante, tento costurar melodias em nuvens
com a minha poesia,
Delicadas, me calam os dramas fazendo do toque argumento fatal.
Eloqüentes, proliferam os enigmas da não-resistência.
Enquanto eu, hesitante, tento costurar melodias em nuvens
com a minha poesia,
ele, astuto, arrebenta o sol com as mãos,
solfejando melodias-brisas,
usando apenas o violão.
*
Marla de Queiroz
10 comentários:
Sei bem o rebuliço de sons que mãos feito estas provocam...ai ai....santas...ou demônias......amei o poema.......flui livre e nos leva à ritmos prórios...."partitura de ofegâncias"...ai querida vc é musica para meus ouvidos, hoje cansados e tristes...mais irritados na verdade do que qualquer outra coisa...preciso de rock..mãos e nada de drogas que não curto...beijosssssssssssss
A Maldição do Coelhinho
Deve postar no blog uma lista de 6 coisas que as pessoas não sabem sobre você ou suportar um ataque de um coelho gigante com um tiro na cara, igual ao Donnie Darko, quando você estiver lavando os cabelos de olhos fechados. Depois, tem que repassar a praga para 6 blogueiros.
reconheço as mãos de um músico ao primeiro suspiro, rs*....
beijos, flor
MM
Adorei essa foto ao lado. gente bonita, feliz..... donde é?
beijocas
MM
um belo violão de cor castanha.
SONETO DE AMAR
Essa mulher que se lança, toda ardente.
E lisa, arremetendo-se ao meu peito
Tira de mim e me beija e me rende
Palavras, sinais de amor e aponta o leito.
Essa mulher, flor de pura nostalgia.
Que ri dos meus infantis receios
A única entre tantas em quem faria
Todas as carícias, amor que nunca dei.
Essa mulher que sempre comigo desanda
Quando a mim refere o calor com que me ama
E guarda as marcas dos meus impulsos nela.
Essa mulher é tudo tudo – um bicho bruto
Quem sabe! Mas, nos meus braços, fica muda
E eu também calo, diante dos rompantes dela.
Um beijo
Naeno
E por trás de melodias, baticuns, solfejos, cordas, violão; bate um coração descompassado pela poesia que lhe soa clara...
Meu beijo, sua bonita!
Oi, música clássica é uma das minhas paixões. Sobretudo as mais antigas: a medieval, a renascentista, a barroca. Uma bela postagem. Um beijo.
Essa sua poesia soa como um Tango em lá menor com sétima com nona
Am7.9
Ouso divergir do Oswaldo, pois tal poesia não tem a dramaticidade exigida para um tango, e sim a leveza de uma valsa, tal qual A ROSA de Pixinguinha!!!
Boa noite...
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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...