Não percebia quando o desconforto era emocional: era o estômago que doía, a boca que secava, eram as mãos frias.Não era raiva, não era angústia, não era medo.Para ela era físico, nunca o emotivo. Dizia “adeus”, assim, como quem dispensa a sobremesa pra tomar um chope.Dizia “sim” ou “não” como quem escolhe a cor do esmalte.
Um dia, quando bateu o vazio, elaborou rapidamente uma saudade. Mas não sabia de quem, de onde, do quê. Não precisava. Era ela e a saudade de qualquer coisa que ela trocou por um chope, de qualquer noite que ela substituiu por uma tarde, de qualquer emoção que ela nem se lembrava mais. Mas que trazia uma certa languidez pro olhar e uma tensão pra expressão facial que ela pretendia.
Só pra valorizar a maquiagem mesmo.
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Marla de Queiroz
8 comentários:
Marlíssima
jÁ estamos parcendo lésbicas apaixonadas de tanta rasgação de seda...mas que fazer se teu pano me despe com uma maciez inigualável.....sou apaixonada por suas letras e quer saber...eu entendo bem desta saudade.....de caras bocas e outros vazios.....
sabe a gente sempre troca algo po outro e muitas vezes, muitas mesmo...erra feio...então é preciso estar atenta amiga...sempre.....eu acabo de cair de novo ma mesma armadilhad e sempre e estou sofrendo muuuuuito...com amaquiagem toda borrada de ilusões vãs...mas amanhã é domingo...não vou à missa mas tenho que lavar os olhos para cultuar o sol e agradece cada minuto ainda que seja de saudade...
amo-te
beijos
Carol
obrigada pelo carinho....
Pois, acho que está no nosso ideal que um dia o sentimento de vazio acaba, mas vou dizer-te um segredo: nunca acaba, pq mesmo depois de encontrares um grande amor, uma grande paixão, passados anos algo se vai e ficas com saudades, saudades do tempo em que tudo era paixão, tesao ou coisa assim, depois os anos passam e começas a ter ainda mais saudades... enfim, somos umas eternas carentes, sem duvida!
Ah! N venho aqui á algum tempo, mas fiz um desafio para ti no meu blog, será um prazer ler-te!
:)
Bj grande
Su.
"O vazio é o meio de transporte pra quem tem coração cheio..."
Não seria as tantas amarguras da vida que a tornaram insípida e tão vaga?Quem sabe seja um grande amor, destes arrebatadores, que a esvaziou de tanto e de tudo?
Não sei, mas esse trecho da canção do Moska ficou em minha mente...
Meu beijo, flor!
Eita, os corações do tamanho de uma azeitona... A saudade de qualquer coisa. A saudade de. beijos apertaaaaados
Camila
doído e belo!
saudades morenas!
Doce...
Deu uma saudade de você...
marla...
puta mierda querida!!
vc eh demais...
quero um livro seu...
pra deixar na minha mesa de cabiceira...
como pode...
alguém ter as opalavras...
que n saem da minha boca...
mas que eu gostaria de ter dito...
má-ravilhoso!!
amando isso aqui cada vez mais...
beijos meus no seu coração...
marla que texto lindo,essa saudade de não sei o quê é minha cara.bjssss
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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...