Relacionamentos
doentios, obsessões e afins também são tão nocivos quanto as drogas. As pessoas
que vivem em função disso procuram uma forma de se anestesiar o tempo todo,
usam o Outro como foco e fogem de si mesmas. Cuidar da própria vida dá trabalho
porque exige um aprimoramento que é um exercício diário. Mas é delicioso ser
sua melhor companhia. Na teoria parece muito fácil, mas não é. Eu sei. Só que
nem ao menos vejo as pessoas tentando. Me perguntam como conseguir se
desvencilhar de alguém que subtrai, suga, machuca. Digo que ADEUS foi feito
para isso. Respondem: “mas é tão difícil!”. Ora, se fosse fácil ninguém
sofreria. O imediatismo faz o ser humano se expor e se submeter a
circunstâncias de alívio imediato catastróficas. E que nada mais é do que postergar
a cura de uma dor que precisará ser cuidada adiante. É um insulto tentar tornar
o Outro, aquele que te rejeita, refém da sua loucura com as inúmeras tentativas
de ver nas entrelinhas de um gesto educado, esperança para algo maior.
É
uma insanidade viciar-se na adrenalina da manipulação do “não te quero, mas não
te deixo” e ficar idealizando histórias sólidas com pessoas afetivamente
indisponíveis, sejam comprometidas ou não. Neste caso, só há fragilidade e um
tempo perdido que jamais será recuperado. E você só dá sua carência, não o seu
amor.
Marla
de Queiroz
4 comentários:
É terrível mais é a pura verdade, vira um vício, um sentimento sem razão. Ficamos perdidos de nós mesmos. O mais difícil de dizer adeus, é por que além de vício, acostumamos amar assim, ou melhor dizendo. Nos acostumamos à deixar de nos amar.beijo!!
Preciso, de uma vez por todas, ouvir isso.
Apavorô!! vc é demais!
Perfeito MArla...te ler tem me feito tão bem...minha cura...
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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...