sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Batuque Final



Foto: Maria Flores

Não havia o desejo antecedendo o abraço dos corpos
havia apenas uns brindes, o tim-tim no bater de vários,
vários copos.
(Nada que não soterrasse um abismo antigo).
Não olhei pra baixo quando me lancei
da altura da nota que sua voz alcança
.
(Não gritei de medo por temer também o eco).
E, no rabisco de um passo de dança,

lançamos um tango,
e, no cigarro que acendo pra lembrar a cena,
te trago...comigo.


Nenhum drama, era carnaval:
me fantasiei de transgressora
pra me embrenhar nos teus cabelos com cheiro de banho
e desfrutar do que foi tão bom,
mas que já começou
no batuque final.
*
*
Marla de Queiroz

21 comentários:

Anônimo disse...

Arrebatador!!!! Lindo, linda.
BeiJÔ JÔ

Anônimo disse...

Entre bumbos roucos e bundas frouxas, um fevereiro já com o que
sobrou nesses sambódromos vai anunciando março pra que novas histórias engatem num outro ritmo. Também comecei uma história no batuque final e nem vi a minha escola fechar o grupo especial. Riodaqui beija aí. Paulo Vigu

Anônimo disse...

a hipérbole "não gritei de medo por também temer o eco" é de causar admiração e o duplo sentido em "no cigarro que acendo te trago comigo..." isso é maravilhoso.GRANDE ABRAÇO!

Anônimo disse...

Uma síntese de uma metástase humana

Amor e fantasia, carnaval e poesia, tudo acaba em alguma coisa. Mesmo neste dia...

Abraçãos

free-way disse...

Notável Marla... comovente como tudo que vc escreve! Adoro. Beijos Letícia

Anônimo disse...

Sabe...não sei se o que não consegui engolir foram os seus ou os meus gritos...as tuas e as minhas pétalas pareciam fazer parte de um mesmo botão.
todo final deixa saudade...bom saber que algumas "coisas findas, muito mais que lindas", ficam e se eternizam.
meu maior carinho
F

Anônimo disse...

Dona Marla,
A Senhora do Próprio Destino...
A que fascina porque não pede licença pra viver.

Te amo!
(Ainda).

Césped Vesper disse...

Esse Blog de Sete Cabeças me traz tantos links belos e surpreendentes... o seu, por exemplo!
Parabéns pelas palavras, sempre tão perfeitas.

Rayanne disse...

Adivinho, ainda,
Marlafênix?

Porque algumas histórias
precisam ficar guardadas
dentro de um livro
flores assim eternizadas
porque já tiveram coloridos demais.

Milhares de coisas aontecendo aí.
Eu sinto daqui a batucada da vida
em tambores rufando a diversidade de ser. Uma Marlavilha.

Vou amar sempre, flor.

***Porque estrelas***

diovvani mendonça disse...

Um primor essa batucada. Tudo de bão!!! AbraçoDasGerais.

Alê Quites disse...

Um texto quase alcoólico.
Lindo!
Beijos

Anônimo disse...

Coração pequeneninho de saudade de você e desse sorriso maravilhoso!

Anônimo disse...

depois de terminado/falo sem parar contigo/agora que era pr'uma solidão advir/é só presença intermitente/antes tivesse teimado na cegueira. Beijo

renata zê disse...

carnaval não tem dramas nem medos.
só amor e danças.

gdec - Geraldes de Carvalho disse...

Li apenas metade.
É beleza demais para um dia só.

gdec

Anônimo disse...

Muito bonito mesmo.

Anônimo disse...

Estonteante, ritmado..porem triste!!!
Mesmo assim um toque de poesia lindo...parabens!

Leandro Jardim disse...

Muito bom, muito bom
batucar...

beiJardins!

Anônimo disse...

Marla eu só te digo uma coisa: eu não te digo nada! vc já sabe de td. q lindeza! parabéns. bj

Fah! =*.*= disse...

A sua poesia me ensina a viver.
Beijo, linda poeta.

replique montre disse...

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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...