Foto: Bruno Fagotti
Tenho tentado não agir por
impulso. E vejo com clareza, após pensar, repensar e estudar os vários ângulos
possíveis de uma situação, o que devo remover e acrescentar na minha vida.
Infelizmente, isto também inclui pessoas. E pessoas que, em determinado
momento, tiveram uma importância primordial na minha existência. Mas eu mudei,
elas mudaram. E não foram apenas as idiossincrasias que nos afastaram, mas
simplesmente, ter valores que não se casavam mais, desconfortos maiores que
alegrias, disputas estéreis, uma necessidade insaciável de despertar emoções
negativas, e um vácuo enorme onde havia abraço. Onde havia amor (?).
Não foi fácil, não tem sido, mas
tenho me sentido mais coerente com as coisas que me propus a viver. Com as
coisas que eu tenho para dar e derramar. Com o espaço que abro para o tipo de relações
de trocas reais, de afetos sinceros, de atitudes maduras, de comportamentos honestos.
Não quero amar apenas quem é amorável, quero amar quem merece ser amado. Por
causa e apesar de. E eu brindo o que é recíproco mesmo que não seja idílico.
Tenho plena consciência de que na diferença que o Outro me traz é que aprendo,
mas que venha com transparência. Eu prezo pessoas de verdade, estas me são
caras. Os fakes eu respeito e deixo que sigam. Não há problema nenhum em nada e
ninguém, desde que eu saiba que sobre a minha vida, a mim me cabem as escolhas.
E eu dou o meu melhor e mereço receber o melhor também.
E todo este meu trabalho interno
poderia ser resumido assim: eu quero crescer para mim mesma.
Marla de Queiroz
7 comentários:
Lindo, Marla! Um transbordar de sentimentos, de transparência... ...escrevi esses dias sobre coisas que se perdem e digo que hoje em dia tb opto pela reciprocidade. Que essa seja uma premissa para qualquer relação.
Um beijo!
Marla, sou leitora fiel do teu blog há algum tempo. As tuas palavras, por vezes, dizem tudo aquilo que eu gostaria de gritar para o mundo, por vezes, simplesmente sussurrar no ouvido de alguém. Não é tão difícil afastar de nós aqueles que não querem estar ao nosso lado. Difícil mesmo, é ver dobrar a esquina aquela pessoa que você gostaria de pedir pra ficar, de ir junto e não o fazer por medo. Difícil é não chorar ao ver o seu "Alguém" partir, partindo assim seu coração, levando consigo um tanto dele. Talvez esses meus devaneios não façam nenhum sentindo, ou talvez, todo o sentido.
Sou admiradora das tuas palavras, da tua escrita. Sinta-se abraçada.
Diana. P. Lopes
e-mail:
dianapl@hotmail.com.br
Entendo perfeitamente... a identificação com o teu texto foi plena e serena :)
Beijos
tenho feito, tenho sentido, mas tenho revigorado na inovação de ser quem eu sou!
Você nasceu pra escrever! Tem o dom de dizer as coisas que me engasgam com uma naturalidade impressionante. Foi abençoada com isso. Meus parabéns, abraços, minha admiração.
Vc me representa...
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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...