
Foto: Cristina Afonso
Não basta amor demais nas manhãs da própria existência.Existe uma urgência de praticidade que embota por segundos o romantismo.Como um sol que não propicia mais clareza, apenas uma claridade cega.Da angústia que assalta sem qualquer motivo, como um cólica, a sensação de parir um novo ser que é a si mesmo e a dor da despedida do antigo. Acostumados que estávamos com o conhecido.
Eu te amo , meu amor, e amo mais a mim por isto. Não há perecividade no que digo.Mas há o que escavar na alma que não participa deste par. É processo individual e solitário o de realizar-se antes. Não sei se tão comprido este horizonte pros teus olhos. Descreva-me então qual teu sonho mais bonito.Não há um canto triste nem aquele olhar melancólico.Em minhas palavras o sussurro lascivo se aconchega ao teu ouvido.Embora a leveza seja um trabalho árduo.Eu que nasci tragicamente profunda, agora tendo que aprender a brincar.E a ser adulta. E por te amar é que preciso, às vezes, acolher minha solidão...e silenciar. Mesmo quando sol-lhe-dão.
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Marla de Queiroz
P.S.: Amores, tenho poucos exemplares do meu livro.Aos interessados em adquiri-lo com dedicatória,
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OBRIGADA SEMPRE!