Foto: Paulo Medeiros
"Era alguma coisa que seria amor ou não seria. Caberia a ela, entre milhares de segundos, dar a leve ênfase de que o amor apenas carecia para ser(...) Um segundo antes ainda poderia não amá-lo. Mas agora, suavemente, vaidosamente: nunca mais. No mesmo instante teve uma sensação de tragédia... E agora era tarde demais_ qualquer que tivesse sido o sentimento gerador, este para sempre se volatilizara. Era tarde demais: a dor ficara na carne como quando a abelha já está longe. A dor, tão reconhecível, ficara. Mas para suportá-la fomos feitos."(Clarice Lispector)
Foice, o tempo.
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Marla de Queiroz
2 comentários:
Poxa Marla, tu acertou direto em mim.
To afetada pelo sequestro. E to mesmo.
Fica a dor e incógnito destino da "abelha".
Belo, o poético momento.
Bjs
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A poesia acontece quando as palavras se abraçam...