
Foto: Ana Paula Souza
Na brecha dos meus suspiros pela falta de tempo, observo a moleza do dia, enquanto caminho apressada pra minha mais nova ocupação. No meu coração, às vezes um frio, um vazio do tamanho do sol.
Na hora do almoço, ando pela praia porque só sinto fome quando não devo. E todos os dias eu só sei dar notícias do mar digitando uma mensagem pessoal no msn.
No final do expediente, volto rápido pra casa escutando o barulho dos carros, cheia de vontades de algum cigarro. E isso me faz tão poluidora do meu ambiente quanto eles do meio.
Não tenho tido tempo pra dramas emocionais nem pra leituras românticas. Tenho sido prática, minhas leituras dinâmicas e isso é hostil demais pro meu lirismo.
A lascívia me ataca toda noite, quando só tenho uma hora curta antes do sono pras minhas segundas intenções não agendadas. (É quando deveria ser minha maior hora de almoço). Por isso esse coito interrompido pelos dias úteis sem utilidade.
E custo a perceber que, pra quem queria enloucrescer, a responsabilidade e o juízo só atrapalharam.
(Enquanto subsisto, que ao menos minha poesia sobreviva a isto.)
Na hora do almoço, ando pela praia porque só sinto fome quando não devo. E todos os dias eu só sei dar notícias do mar digitando uma mensagem pessoal no msn.
No final do expediente, volto rápido pra casa escutando o barulho dos carros, cheia de vontades de algum cigarro. E isso me faz tão poluidora do meu ambiente quanto eles do meio.
Não tenho tido tempo pra dramas emocionais nem pra leituras românticas. Tenho sido prática, minhas leituras dinâmicas e isso é hostil demais pro meu lirismo.
A lascívia me ataca toda noite, quando só tenho uma hora curta antes do sono pras minhas segundas intenções não agendadas. (É quando deveria ser minha maior hora de almoço). Por isso esse coito interrompido pelos dias úteis sem utilidade.
E custo a perceber que, pra quem queria enloucrescer, a responsabilidade e o juízo só atrapalharam.
(Enquanto subsisto, que ao menos minha poesia sobreviva a isto.)
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Marla de Queiroz
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P.S.: Tenho recebido muitos e-mails reclamando da demora de atualização do blog...Saibam que se tem alguém se angustia com isso, esse alguém sou eu!Seria delicioso escrever aqui todos os dias, mas quando não me falta tempo, me falta inspiração. Palavras exigem respeito, cuidado, dedicação. E nem sempre o texto fica tão bom, mesmo quando temos todos esses elementos.Daí ele vira um rascunho por um profundo respeito que tenho a vocês que me lêem e divulgam. Enfim, tenham paciência, eu adoraria escrever com muita freqüência sobre os mais diversos temas, mas os textos, por incrível que pareça, exigem de mim uma melhora como pessoa que às vezes não estou pronta. De qualquer forma, cada e-mail desses é um afago no meu coração. E um incentivo a superar todas as adversidades que me impedem de fazer aquilo que mais gosto: escrever.
Torçam para que as palavras não me abandonem. Às vezes, quando demoro tanto, sinto um medo horroroso.Porque sou tão dramática. E vocês exigentes demais comigo. E incrivelmente sedutores. E eu absolutamente seduzível. Obrigada pra sempre.